sábado, 23 de julho de 2011

VIOLENCIA BRAZILIS.


Senhores.



Entre as desventuras do ser humano, eis a pior, a mais perversa e mesquinha, a mais ignominiosa companheira da raça humana, a  violência degrada e destrói os mais profundos alicerces da civilização, tornando o ápice da criação divina em meros e embrutecidos animais. Com dores admitimos que a raça humana é sui generis em construções violentas. Também não é menos verdade que desde os primórdios se cultua, há violência em nossos lares, em nossos campos e em nossas praças como conseqüência da abismal violência de cada um.
Minhas senhoras e meus senhores, a Bíblia, o livro mais lido no mundo inteiro registrou o primeiro ato de violência humana, o momento exato em que o homem irrompeu em guerra, como numa necessidade de demarcação de espaço e preservação da vida, quando começou a destruir-se a si mesmo matando ou agindo violentamente. (Gn. 4.8). Muito tempo depois, também disse Jesus que a violência estaria entre irmãos e que os inimigos morariam na mesma casa. (Mt. 10. 36). Logo a violência está até mesmo entre as pessoas que se convivem juntas. embora, em seguida venha o arrependimento, geralmente a desgraça semeada em terreno fertil eclode-se em mais violencia e desejo de vingança.
Portanto, a violência não é um privilegio de poucos, é sem dúvida a desgraça da maioria, também não é privilegio dessa geração,  é o resultado de uma construção que tem seus alicerces no mais profundo abismo, no vazio de cada homem. Neste ponto eu gostaria de entender melhor o pensamento do sábio Platão: “cada parte da alma humana exerce uma função, e estas funções delimitadas, sincronizadas e direcionadas para seus fins são a causa da ordem e da desordem das atividades humanas”.  Então eu penso que a alma vazia se enche facilmente de vícios e de violência.


  1. O Espírito da Violência.

Que diria eu, reles mortal aos homens violentos? Que sejam melhores, que cultuem a virtude e expurguem os vícios, que se encham de Deus, que lutem vorazmente contra os seus demônios ou que não saiam às ruas por que nelas há demônios invisíveis que incitam à violência pessoas de alma vazia?  Não, não, diletos leitores, a violência que vaga nas ruas é construída em casa, apenas vagueia pelas ruas. Então eu devo dialogar com o violento e perguntando sobre suas razoes e questionando-o, num e noutros pontos, devo me expor também a sua violência? ou talvez, por medo do ser que se esconde por detraz do personagem violento, seja possivel o nosso dialogo, apenas ficto. E  se eu assim lhe perguntasse:
Ser, por que  es violento?
— não sou violento, sou macho. se apenas rosnsse o SER sem me olhar no rosto.
Ser! todo macho deve agredir as pessoas?
— Sua excelência nada sabe, sua excelencia tem tudo, eu não tenho nada. e o nada que tenho alguém quer tirar.  o governo me cobra impostos de tudo que não tenho, e  não há ninguém que me ajude, então tudo que me sobra é a violencia.
Ser! Por que então agrides a quem não tem culpa?
— Não, eu não agrido a ninguem, apenas me defendo dos que me agridem primeiro. E numa guerra, cada um precisa vencer pra não morrer, foi assim com meu pai, com meu vizinho, comigo e será assim com meu filho.
Estes são os teus sonhos?
— Não meu senhor, eu não tenho sonho, eu durmo na terra, meu colchão è uma caixa desmanchada desmanchada, eu não tenho sono que até sonhe. Quem sonhar é o prefeito, os deputados, os ricos, o senhor também sonha. Eu não, eu não tenho sonho nem esperança, me tiraram até isso.
Após ouvir os rosnos, entendi que o SER é o SER no tempo, o ser que se faz na caminhada, o ser andante, o DA SEIN de  Heidegger, então, entendi as causas mais relevantes para eclosão da violência no ser.


  1. Violência Doméstica.  A base violenta de todo homem.



1º. Nota-se que a violência nasce no lar, no convívio diário, nas relações entre pessoas que vivem sob mesmo teto, por uma necessidade de preservação, de liderança, de demarcação de território, assim se agridem e violentam enquanto se constroem a si mesmo na familia que se movimenta aqui a partir de agora. 
2º. A violencia do SER nasce da desigualdade social; eu não sei e não me importo com a construção do SER. Todavia a desgraça que o SER construir se tornará a desgraça de todos. Estado se preocupa mais com a violnencia do que com o SER, todavia a volencia não existe, o que existe é o SER, que na sua essencia se faz enquanto anda. Logo na~se deveria combater a violencia e sim construir o SER. 
3º. Violência está generalizada, não há focos isolados de violência, o que há é uma guerra entre todos, lutando uns contra os outros, de tal modo que para O SER a violencia é o futuro que hoje se faz. numa guerra, luta se para ficar vivo e não para matar ninguem. mas violência, é a maldiçao hereditária que ainda se constroi para o futuro.
4º. É causa relevante para a violência a falta de sonhos, quando o SER encara a realidade e é expulso da Ilha da Utopia, então percebe que há um mundo cruel onde todos querem o mesmo espaço,  então só lhe resta brigar pelo ouro que os escravos utopianos usam e que as crianças utopianas desprezam; isto é o que lhe resta. o ouro dos tolos. Desiludido o SER percebe que enquanto andava  se construia com a materia que lhe deram, numa oforma que lhe apresentaram, em fim, só foi seu o trabalho o projeto e a materia foram de outros.


  1. A  industria da violência e seus lucros.

Finalmente Senhoras e senhores a certeza da impunidade e o lucro obtido com a violência à torna num meio rentável para alguns que a vem como meio de ganhos e um negócio que lhes rendem divisas. Ninguem investe no que lhe dá prejuízos, nem prossegue com um negócio que não garante retorno, então de tudo que foi dito restam duas verdades indiscutíveis. Primeiro alguém está ganhando e se ascendendo socialmente com a violência do SER, segundo por ter ascensão social, esse alguém não pode ser punido.
O que para O  SER é irremediavelmente uma desventura para outros é virtude, parece tudo uma questão de otica, há sem duvida, pessoas que pensam que viver bem é ter tudo que o dinheiro pode comprar, há outras que pensam que viver bem é ter dinheiro para comprar tudo que quiserem, embora elas mesmas não valham nada; e ainda há outros que só valorizam quem tem muito dinheiro embora esse dinheiro seja fruto de algum tipo de violência. Data vênia, senhores, é vergonhoso ver a violência sendo cultuada como deusa que garante a sobrevivência, moral, física e social.
Brasilllllllllllllllllllllllllllllllll.

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