segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

AS MENTIRAS SECULARES E A CENTÉSIMA OVELHA

Os líderes das igrejas, salvo poucas exceções, adotam uma postura de protecionismo das verdades pétreas que eles construíram para si e pretendem inculcar nos outros, reputando como heresia todas as ideias novas, as quais, ao que tudo indica, decorrem da ação do Espírito prometido sobre as pessoas comuns e menos pretenciosas, porém, ensegueirados como estão em cumprir mais a vontade das instituições que os abrigam do que a inovação proposta pelo Evangelho, estes líderes se guiam pelo medo e disseminam o medo do desvio de regras que às vezes servem para classificar e prejulgar.

Para isto, os mais religiosos servem-se de sutis ou espalhafatosos discursos que pretendem censurar as iniciativas das pessoas mais perspicazes, já cientes da falácia que muitas vezes é o amontoado de ritos e regras que mais pesam que libertam.

São guias cegos denunciando a quem chamam facilmente de falsos profetas, sem perceber que muito de suas próprias práticas se assentam sobre mentiras seculares sacralizadas como se fossem vontade de Deus.

Quem, cedo ou tarde, faz esta descoberta dificilmente será bem visto nos círculos religiosos tradicionais e termina se distanciando e, ao distanciar-se leva, paradoxalmente, a pecha do infiel, como se infiéis não fossem os chefes, os novos escribas e doutores da lei, alguns dos quais carregam forte sentimento de baixa auto-estima e déficit de conhecimentos elementares que tornariam mais ricas suas próprias vidas e a vida do povo, a quem pretendem guiar com muito rigor, embora arrotem uma falsa humildade da qual se convencem os que são realmente humildes e ingênuos e terminam sustentando isso tudo ainda por muito tempo.

Esqueceram que Aquele que não veio para os sãos tem uma certa predileção pelas ovelhas perdidas.

Com isso, não estou questionando a comunidade nem a Eucaristia, senão aqueles que disso se aproveitam para colocar fardos sobre ombros alheios.
                                                                                                                                                                                            Transcrito do  Faceboock de 

                        Professor.  José  Avelange. 
                       Riachão do Jacuipe - BA

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